
Cerveja Amstel Lager: o lado B de Amsterdam
Nem só de Heineken vive a cidade de Amsterdam, pois por incrível que pareça o território holandês conheceu primeiro a cerveja Amstel, em 1870, e logo depois em 1873 ser apresentado a cerveja verde que todos conhecemos.
Essa história é ao menos curiosa, não é?
Duas cervejas mundialmente conhecidas, vizinhas e conterrâneas. E é isso que iremos contar hoje, principalmente a respeito de onde surgiu a Amstel e como a cerveja veio parar no Brasil com o slogan de: “Puro malte nascida em Amsterdam“.
Fique até o final e conheça mais sobre essa cerveja que busca ingressar cada vez mais no território brasileiro.
A história da Amstel
Criada na famosa cidade de Amsterdam, o ano era 1870 quando J. Charles de Pesters e J. Van Marwijk Kooy (nomes complicados) decidiram se unir e criar uma cervejaria que fosse inspirada e abastecida pelo rio Amstel, que corta a cidade de Amsterdam e coincidentemente se trata do maior do país.

Seu nome é um derivado da palavra Aeme stelle, que no holandês antigo significa área com água em abundância, e que inclusive deu origem ao nome da cidade de Amsterdam.
Hoje em dia é a segunda maior produtora da região e considerada o braço direito da Heineken, fato que falaremos logo em seguida.
Anos 1900
“Por séculos, a Amstel vem fabricando uma cerveja única para todas as pessoas e momentos da vida, tão valiosos que devem ser saboreados e tão bons que devem ser compartilhados”.
É com essa frase que a própria cervejaria se define, mas antes de chegarem nessa conclusão muita coisa aconteceu, como por exemplo a compra da cervejaria pela sua maior concorrente em 1968, a The HEINEKEN Company, que encerrou as operações nos anos 80 até retomá-la em Zoeterwoude, onde a principal fábrica da empresa se encontra.
Fato é que após a Segunda Guerra Mundial, houve muita destruição e reconstrução no terreno europeu, onde aconteceram batalhas e bombardeios.
Motivo que afetou várias cervejarias de toda a Europa, onde grande parte foram destruídas, falidas ou encerraram suas operações — o que levou a Heineken a estratégia de adquirir e anexar cervejarias próximas.
E desde então a cervejaria tem sido um braço na estratégia da Heineken no objetivo de introduzir uma cerveja popular e com características diferentes da Heineken tradicional que encontramos no mercado.

A expansão da marca e chegada no Brasil
Por muito tempo as cervejas de massa produzidas aqui no Brasil, as chamadas mainstream, foram rótulos como a Skol, Brahma, Kaiser, Petra, Original e Antártica.
E após a chegada de outras marcas de massa no mercado, como a Heineken, Budweiser e Eisenbahn, passamos a presenciar uma briga pelo lugar de destaque no gosto popular do brasileiro, o que levou a cervejaria holandesa a inserir sua marca de número 2 no mercado nacional em 2014.
Sua produção e divulgação se intensificaram nos anos seguintes, sob a premissa de ser uma cerveja puro malte e criada em Amsterdam, berço da Heineken e chamada perfeita para atrair o público através do marketing.

Seu rótulo inclusive foi alterado, diferente daqueles que foram mostrados acima, e trouxe um ar maior de modernidade para a marca.
Com a intenção de divulgá-la e ajudar na propagação da mais nova cerveja no mercado, além de anúncios em meios tradicionais e digitais, seu maior destaque foi através do futebol com o patrocínio da Copa Libertadores, da UEFA Europa League e também em eventos populares como carnaval e desfiles.
Não se sabe ao certo qual a sua % na participação de vendas no mercado mainstream, mas pode-se afirmar que a divulgação em massa ajudou — e muito — em sua inserção no Brasil.
A cerveja Amstel
Uma cerveja com anos de produção, feitas pelas mãos da Heineken e muito conhecida no mercado europeu, tendo atuação em mais de 100 mercados diferentes.
Seu mix de produtos é composto em cervejas Pilsen, sendo conhecidas por essa característica, diferente das outras cervejarias da Holanda.
Seus rótulos são:
- Amstel Lager;
- Amstel Premium Pilsener;
- Amstel Light;
- Amstel Bright;
- Amstel Radler.
Mas por aqui no Brasil sua distribuição é feita unicamente para a Amstel Lager, com variação do tamanho das latas (normal, latinha e latão), garrafa ou chopp.
Uma cerveja Pilsner que leva Lager no nome, feita com malte de cevada, possui fermentação baixa e também composta por ingredientes como água, levedura e lúpulo.
O malte e lúpulo são pouco perceptíveis no gosto e retrogosto, tendo uma leve aparição em seu aroma. Possui teor alcoólico de 4,6% e se trata de uma cerveja bem leve com o objetivo de ser refrescante e facilmente ingerida.
Assim como manda o figurino do estilo, é recomendada para se harmonizar principalmente com saladas, peixes e frutos do mar, mas sabemos que por aqui ela será aquela cerveja para ser bebida depois do futebol ou em um churrasco com os amigos.
Considerações finais
A Amstel realmente se encontra no mesmo mesmo palanque que outras cervejas de massa no Brasil, onde a diferença é sutil e a opinião sobre ela em comparação à outras cervejas irá variar de acordo com quem a toma.
É realmente difícil encontrar alguma característica de destaque que me faça sempre escolher a Amstel quando for optar por uma mainstream, por isso a beleza está nos olhos de quem vê.
Recomendamos que você faça um teste com outras cervejas como a Eisenbahn, Brahma Extra, Skol Hops, Skol Puro Malte, Original e Petra e tire suas próprias conclusões.
Que tal?
Saúde!